quinta-feira, 12 de março de 2009

ÀS VEZES PRECISAMOS VISITAR OS MORTOS PRÁ ENCONTRAR A VIDA, MAS ÀS VEZES ENCONTRAMOS OS VIVOS E CONHECEMOS A MORTE... - KLÉBER

Essa frase título expressa o atual momento. Nunca li ou ouvi anteriormente, o que me permite tomá-la como criador...

Há dias em que precisamos alterar o itinerário e enfrentar caminhos sombrios.
Iluminado por uma linda lua, pude olhar prá trás e perceber várias imagens distorcidas na frente da velha loja... Imagens felizes que agora não passam de flashbacks que a memória guardará enquanto os anos não se passarem o suficiente prá roubar as lembranças.
O som dos risos, das piadas, das bolas na trave da escola. O som das vozes.
Imagens perdidas numa caixa de pandora, que quando aberta traz consigo boas e más lembranças. As de hoje serão péssimas, mas haverá sempre aquela imagem bonita e significativa.
Hoje é um dia para esquecer.
Amanhã é um dia esperado para aplacar o sofrimento e dissipar a série de medos do mundo e das pessoas que insistem em se apossar de nossas mentes.
Hoje quero que acabe logo, amanhã quero que chegue esperançoso, apesar das perdas.
Volto àquele antigo ditado para os que tem medo de "espíritos e fantasmas":

"Por que tememos tanto os mortos se nossas maiores ameaças são os vivos"?

DESCANSEM EM PAZ, DINO (DOUGLAS) E MARQUINHOS.

sábado, 7 de março de 2009

COMO EXPLICAR O INEXPLICÁVEL?

DIAS E NOITES SEM FIM.

Como chegar a uma mãe e dizer a ela que seu único filho morreu? Como explicar tal situação a alguém? Existe uma forma? Não sei...

Às vezes dias e noites se seguem como fardos quase insuportáveis.
Fatos inesperados destroem planos, destroem vidas.
Os estilhaços espalhados por quilômetros são incapazes de se juntar. Um buraco imenso se abre e nele os sonhos são depositados. Sobre esses sonhos madeira, cimento e terra.
Feridas abertas que jamais cicatrizarão ardem na alma. Dias e noites se arrastarão.
Como pode o céu viver sem sol e sem lua? Como pode viver sem estrelas?
Como pode um oásis no deserto viver sem água? Como podem as pessoas viverem assim, depois de tanta desolação?
Não há um único dia em que eu não questione a vida e a morte. Não há um dia sequer que me saia da cabeça um medo aterrador de sofrer baixas. Por que às vezes deixamos a vida passar com medo da morte? E por que às vezes, a morte precisa chegar?
Lutas internas são controláveis, as externas são derrotas certas.
Cada dia uma batalha interna e essa vencemos, sem dúvida.
De tempos em tempos uma batalha externa e com essas só perdemos.
E os dias passam...