segunda-feira, 24 de novembro de 2008

DILEMAS...

A semana começa como um jogo de xadrez...

Muitas peças a serem movidas, algumas serão vencidas, outras restarão no tabuleiro, mas somente se o xeque-mate for meu.
Nos velhos tempos o jovem Kléber teria surtado, gritado, esperneado (não que às vezes eu ainda não o faça). Ultimamente sinto-me amadurecido e amadurecendo em progressão aritmética, ou seja, lentamente, mas evoluindo.

"Todo artista é um canibal, todo poeta é um ladrão. Todos matam sua inspiracão e depois cantam a aflição." (The Fly - U2) Essa passagem brilhante é muito verdadeira, mas tento parar o tempo todo de cantar as aflições, afinal um bom poeta tem que ir além de "roubar" inspiração das vidas alheias e criar uma realidade alternativa. Nisto reside uma grande satisfação... Por isso a serenidade precisa chegar e ficar. Não deve virar resignação, mas deve ser suficiente para que eu tenha tranquilidade nesta partida onde me sinto um *"Kasparov" contra um perigosíssimo "Deep Blue".

Quem vencerá esta batalha? Muitas possibilidades, muitas jogadas, acertos, erros e alguns sacrifícios. Concentrado e focado devo conseguir atingir meus objetivos, que especialmente nesta semana são inúmeros.
Desde que tudo dê certo, nesta semana começa a virada e muitas jogadas que farei serão decisivas no caminho do xeque-mate.

CARPE DIEM.

* Kasparov (famoso enxadrista Russo, grande campeão de xadrez que enfrentou algumas vezes Deep Blue, um computador programado para vencê-lo...)

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

ENSOLAÇÃO.

A privação de sentidos me move na direção do abismo das idéias...
Precipito as palavras que me oprimem e com elas jogo num buraco sem fundo tudo o que me angustia.
Caminho no sentido contrário, mas uma letargia sinistra me toma e a privação de sentidos se torna quase irreversível. Num esforço imenso rastejo, mas na direção errada e caio no precipício das palavras maledicentes que eu mesmo proferi contra mim e contra todos.
Na queda, sinto todas as maldades plantadas batendo em meu rosto, são árvores imensas, enraizadas e repletas de frutos maus, dores, pragas e azares diversos.
Uma queda interminável e medos e angústias me esbofeteiam.
O rosto quente, posso jurar que ouço balbucios conhecidos, mas o calor intenso me consome... Dores, dores e a sensação de queimação imensa me consumindo o corpo.
Não é o inferno, felizmente. Ao menos não se parece com ele.
E a queda interminável. Onde vou parar? Vou parar? O corpo amortecido, como se uma anestesia geral me paralisasse, mas não o cérebro, que funciona lentamente.
Vultos, sons semelhantes ao de uma praia.
- Vai morrer?
- Não dessa vez, é apenas um mal estar passageiro.
- O que houve com ele?
As vozes dialogam à minha volta e já não são mais balbuciadas. Ouço em alto e bom som.
Sinto um frio intenso me envolver calmamente... Começa na cabeça e arrepia a alma. Rosto, tórax, barriga, braços, pernas... O calor some momentaneamente e pareço ter entrado numa chuva de confusão... As vozes mais intensas me assustam e o frio me sacode o corpo, já não mais tão letárgico.
- Está voltando, mas vai precisar de um creme para queimaduras, vejam como está vermelho.
Enfim meus olhos obedecem meus comandos e se abrem...
Estou na praia, o sol a pino e na areia escaldante desmaiei.
Inconsciente, ouvia as pessoas tentando me socorrerem, os balbucios eram de socorro, a sensação infernal de queimação era na verdade do sol intenso de um dia de verão tropical. Depois de socorrido fui banhado com água fresca, que me devolveu os sentidos e pude ver o quão ruim podem ser os efeitos da ensolação.
Não por medo do ardor, mas por pavor do abismo de palavras ruins decido que jamais ficarei exposto ao sol sem os devidos cuidados... Sombra, muito água e protetor solar.
A ensolação me ensinou a tomar alguns cuidados com a saúde, mas principalmente me fez refletir sobre o perigo das palavras lançadas no abismo, afinal um desequilíbrio pode nos jogar dentro desse imenso buraco.

domingo, 16 de novembro de 2008

MOMENTOS

No final tive medo de perder alguém e acabei perdendo...
Amo a liberdade...Por isso deixo livres pessoas que amo...Se voltarem, foi porque as conquistei. Se não voltarem, foi porque nunca as tive*

Roubei as frases acima de um orkut. Gostei muito e acho uma sucessão de verdades inquestionáveis, isso é, desde que realmente existam verdades inquestionáveis.

No final, além de nossa família, o que resta são os amigos verdadeiros. Estes, próximos como familiares, estarão sempre por perto. Serão deles aquelas ligações que receberemos nos horas difíceis e nas horas de extrema realização. Eles é que sofrerão com nosso mal humor e sequer terão raiva por isso, afinal nos conhecem com a palma da mão. Aturarão os porres, os literais e os porres da alma e mesmo que sintam uma vontade imensa de nos presentear com uma voadora homérica, não o farão. Ou farão, desde que seja extremamente necessário.
Os amigos terão tempestades tropicais e furacões intensos e será a nossa vez de servir como abrigo, o faremos sem questionar. Veremos e seremos vistos fazendo as maiores burradas, mas não questionaremos e sequer seremos questionados.
Amor? Já tenho o de Deus.
Amor? Já tenho o de minha família.
Amor? Já tenho o de meus amigos.
Amor tenho também o de meus cães.

Fora este amor focado acima, o resto é paixão, atração física, possessividade, não é amor. Tendo todo o amor que preciso, do que mais sentirei falta? De sexo? Esse é fácil conseguir... Quero mais que isso, quero muito mais, quero ser feliz e isso implica ser livre, pois os melhores momentos de minha vida passei quando não estava preso a alguém. Tive momentos maravilhosos com pessoas maravilhosas e isso vai ficar em mim, mas foram momentos e não vingaram. Esses momentos sem "prisão" são os que me trazem as mais doces lembranças, como uma inesquecível semana na praia num Reveillón qualquer... Lindos dias e noites, lindo sonho.
Lindos momentos, numa praia paradisíaca, com vista para a cidade imensa e ameaçadora, lindos momentos numa pista de balada, ou num canto de uma balada qualquer. Lindos momentos num quarto luxuoso de motel, ou num quarto estranho de um hotel barato num lugar suspeito. Lindos momentos sentado num beiral, de frente pro prédio onde quero morar um dia ou numa lanchonete sem nome depois de um momento de fome intensa ou sede... Lindos momentos numa casa próxima ou numa casa distante... Lindos momentos numa rua escura, ou num lugar mais apropriado para práticas esportivas. Momentos inesquecíveis. Momentos por vir...
Momentos.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

R.E.M. - O SHOW DE 11/11/08.

Às 22:19 começou a alegria...

Antes disso, muita confusão, alguns espertos (poucos, felizmente) querendo furar a fila e muito, muito stress. Fui obrigado a fazer a linha PIT BOY e arrumar confusão com a galera da fila. Comigo estavam o Julio, a Fabiana, O Fernando e o Guto. Causamos com os enrolões e tivemos que aturar as mais incríveis desculpas esfarrapadas. Muitas pessoas ainda tentam justificar o injustificável, tentar tornar certo o que é completamente errado. Não prá cima de mim. Inversão de valores deve funcionar só lá na puta que pariu, não aqui...
Até os corretíssimos alemães estavam sendo corrompidos e ensinados no "jeitinho brasileiro", uma lástima.

Depois dos problemas, só felicidades.
A banda subiu ao palco às 22:19 e começou a disparar seus hits, que foram um a um emocionando o público que lotou a VIA FUNCHAL. Em breve farei uma análise mais detalhada do show, hoje só quero registrar que foi incrível. Michael Stipe, Peter Buck e Mike Mills fizeram a alegria dos fãs.
Por volta de 23:05 Everybody Hurts tocou e liguei pro Alê, que ouviu inteira pelo celular, só ouvi um "Eu te Amo" ao fim da música, rsrsrsrsrsrs. Valeu Ale, você é o cara, amigo!!!!!!!
Às 00:12 terminou o show... Foi lindo, mas faltaram várias músicas, uma pena. Mesmo assim, foi irrepreensível.

E VIVA O R.E.M.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

FIM DE SEMANA GASTRONÔMICO.

Sábado churrasco, domingo aniversário...
Meu, comi feito um louco este fim de semana. Hoje vou precisar treinar muito... rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrs.
Sabadão fui com a Dani a um churrasco muito animado com a galera do seu trabalho. Pessoal animado, cantaram demais no Karaokê. Dani, ainda bem que você não precisa da música prá sobreviver, hahahahahahahahahahahahahaha.
Domingo fui a São Caetano assistir São Caetano Blausiegel x Rexona Ades... Um fiasco. O São Caetano jogou muito mal. Tudo bem que no segundo set a arbitragem do Dalmir Medeiros foi horrorosa e decidiu o set. A equipe está desestruturada e ainda não tem entrosamento, muitos erros de "sintonia fina" e o ataque não funcionou muito bem. Mari passou bem e alternou bons e maus momentos no ataque, acertando nas horas mais importantes. Sheila atuou melhor que nos últimos jogos, vem crescendo, boa atuação. Andréia e Edna não estiveram bem. Fofão atuou bem, como de costume, mas não foi suficiente. A Dayse é uma grande atleta, mas simplesmente não rendeu. A líbero Suellen ainda me deixa inseguro.
Depois da frustração veio um momento fantástico. Fui ao aníver do Eric e encontrei muitíssimas pessoas queridas. Foi muito legal rever tantas pessoas especiais, jogar conversa fora e me animar um pouco depois de uma semana difícil.
O importante é que as águas estão passando por baixo da ponte e vou seguir com minha caminhada. Nessas de errar muito sei que uma hora acabo acertando.
Nota: Antes do aníver encontrei a Michele perdida no Metrô Tatuapé, hehehe.
E agora mais uma semana de excitação, afinal tem REM AMANHÃ... NÃO VEJO A HORA!!!

sábado, 8 de novembro de 2008

AINDA NA RESSACA EMOCIONAL...

Ainda na ressaca emocional acordo...

Os olhos trêmulos de quem bebeu tristeza nos dias anteriores, várias garrafas de decepção e algumas doses de desgosto. A caminhada até o espelho do banheiro é penosa e nele é possível ver a alma e ela está desfocada, como na visão de um portador de astigmatismo severo.
Um banho prá levar embora tudo de ruim, mas alguns fragmentos insistem em ficar. Ah como seria bom se um banho pudesse levar os dissabores...
Um café amargo prá tentar mostrar que a vida não é assim tão sem sabor e um arrepio provocado por alguma lembrança incômoda.
Gente, gente e mais gente passando pelo caminho como fantasmas... Vultos perdidos numa cidade imensa e vazia... Vazia de rostos conhecidos.
Na cidade cheia de gente estranha o pânico aparece sob a forma de qualquer coisa que se mova. Luzes cegam, sons assustam e um fantasma lembra você. Nessa hora os holofotes são desviados, mas é só alguém que se parece. Só alguém que se parece.
Um dia de muitos afazeres, muitas contas a pagar, muitas decisões importantes, muitas responsabilidades, mas às vezes desligo da vida e penso em você.
Num dado momento ouço Avril Lavigne cantando I´m with you e fantasio que não é você quem eu quero. Mas não é mais você quem eu quero.
Volto a perambular entre os fantasmas, no limbo em que me joguei por um tempo, até ter a chance de avivar os vultos que me rodeiam.
Por um momento imagino se voltarei a lhe ver, imagino se voltarei a ouvir sua voz, ao telefone que seja, mas percebo que sua voz me persegue.
Na intensidade de uma queimadura de terceiro grau sinto arder a pele e o espírito. Uma chama inexplicável me consome como à parafina de uma vela cedendo ao pavio incandescente.
A face oculta da lua é o que se tornou meu coração.
O ar me falta quando corro, mas sem amor é que eu morro.
De volta ao quarto apago as luzes e no teto escuro vejo várias cenas, como num grande projetor de sonhos... Vejo você e seus olhos ora verdes ora castanhos. O pastel, o sorriso, o encanto. O abraço que busquei um tanto, o amor que pensei ser meu, mas que mais uma vez pelo caminho se perdeu...
E adormeço pensando em você... Amanhã começa tudo de novo.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

CIDADE DO NATAL.

As luzes já cintilam na Cidade do Natal.

Na saída do metrô deparo-me com os enfeites de Natal espalhados por todas as fachadas. A Cidade do Natal se ilumina ainda sob o signo de escorpião no mês de novembro.
Os olhos curiosos das crianças brilham como as pequenas lâmpadas de cores diversas e sentimentos distintos.
Na Cidade do Natal toda a felicidade contrasta com a sujeira varrida para baixo do tapete. A corrupção sai do foco, a miséria sai do foco... Todos se encantam e deixam de lado boa parte da razão, afinal, na Cidade do Natal as luzes ofuscantes cegam e privam de sentidos.
A pobreza some, mesmo iluminada pelas pequenas luzes. Tudo é mais leve, tudo é sutil, nada é proibido, tudo é permitido na Cidade do Natal.
O sangue derramado dos inocentes mortos no combate à violência é deixado de lado, pois o céu se ilumina na Cidade do Natal.
Crimes, drogas, depressão, nada disso faz sentido pois tudo é escondido na Cidade do Natal.
A fome dos mendigos nas ruas, as crianças desnutridas, as dores sem medidas, já não são mais permitidas pois Natal é nascimento e não cabe sofrimento, na Cidade do Natal.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

CORAGEM, CORAGEM...

Às vezes é preciso ter coragem prá encarar seus medos. Coragem prá encarar a solidão.
É preciso ter coragem até prá ficar em silêncio quando a multidão te ataca.

Hoje quando vinha prá casa, fui atacado por um cachorro na rua... Foi uma cena engraçada, pois me recuso até o último instante a agredir um cãozinho e olha que esse me testou ao extremo. Minha reação algum tempo atrás teria sido revidar a agressão e deixar a "briga" com o bichinho feia. Hoje silenciei enquanto o cão pulava em cima de mim e meu silêncio absoluto foi minando a fúria do animal. Por cerca de 3 minutos observei mudo a agressividade do cão que queria me morder à qualquer custo. Meus vizinhos assisitiam perplexos e espantavam-se com minha calma. Em determinado momento uma vizinha disse:
- Eu no seu lugar teria medo do cachorro me morder...
Minha resposta:
- Meu único medo era de que eu machucasse o cãozinho...

Vim prá casa disposto a soltar o verbo e mandar um furacão boca a fora... Pensei muito e lembrei-me de todas as vezes em que falei demais e magoei as pessoas...
Não sou um idiota por isso, definitivamente não sou. Mas freiar a fúria talvez tenha sido mais inteligente. Guardei as energias para o amanhã e espero ter melhores condições de falar. Hoje não seria um bom dia.
Coragem prá calar. Coragem prá silenciar quando o mais certo parece ser gritar e vomitar uma série de impropérios...
Calei-me por hoje. Calei-me mais uma vez, mas não me omiti. Meu silêncio tomou um ar mais sinistro do que qualquer palavra ríspida que pudesse ter dito.

"Onde está você agora além de aqui, dentro de mim?
Já que você não está aqui, o que posso fazer, é cuidar de mim..."
Vento no Litoral (Legião Urbana).

"Eu sei porque você fugiu, mas não consigo entender..."
L'Avventura (Legião Urbana).

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

NÃO BASTASSEM TODOS OS MEUS PROBLEMAS...

Não bastassem todos os meus problemas, só faltava ter que administrar crise familiar.

Vivo cercado de gente que cobra de mim menos implacabilidade, mas é muito difícil dar meu voto de confiança às pessoas e me decepcionar.
Não sou exigente demais, só cobro o que ofereço.
Depois ainda tenho que ouvir a minha fama de "ruim" crescer, afinal as pessoas são tão boazinhas, cumprem o que prometem...
Sou o rei em dar novas chances, mas minha paciência começa a se esgotar. É muito triste ter que me decepcionar dentro de casa.
Mas tudo bem. A cabeça esfria e as desculpas tentam me amolecer, só tentam... Não vou mais administrar crises que não me dizem respeito. Quem quer minha confiança precisa provar que merece, não encher o peito e se char responsável quando não o é.
Hoje o bicho pega.

domingo, 2 de novembro de 2008

MAIS UMA SEMANA SE FOI...

REPENTINAMENTE ME PEGO OUVINDO "I Will Remember You" DA
Sarah Mclachlan...

Feels Like Home, da Chantal...

Sei lá, mas hoje foi um dia prá ouvir as melodias tristes de Dawson´s Creek. "Ben Folds Five - Magic" também entrou no set list... Na verdade toda a trilha sonora passeou pelos meus ouvidos hoje.

Sabe aqueles dias em que você acorda e parece estar num piano bar? Você sozinho e uma garrafa de vodca barata, aí você olha pro pianista e pede uma sequência completamente perdida... Música atrás de música e um sentimento estranho... Os dedos tão amortecidos que qualquer tecla parece inatingível. O som do piano não é exatamente o que se quer ouvir, mas é só o que se ouve.
Ao fundo, já deitado na cama mas com o piano ainda na cabeça ouço o barulho da chuva. Fria, deprimente e isolante. O mundo todo está fora de alcance, só eu contra mim mesmo. Nessa hora muitas coisas se passam em minha mente. Medos, incertezas, constatações sórdidas. A cabeça trabalha à mil, o raciocínio prejudicado como se uma droga poderosa privasse os sentidos, mas não há drogas, nem privações, há somente confusão...
A noite chega como um sangramento nasal e é melhor olhar para o teto até que estanque. O sono chega sorrateiro e amanhã sei que começa mais uma semana.
Novas batalhas, novas decepções e quem sabe, algumas vitórias.

Mais uma semana se foi, mais uma semana chegou.

ONE - U2

Is it getting better
Or do you feel the same?
Will it make it easier on you now?
You got someone to blame
You say one love, one life
It's one need in the night
One love, we get to share it
Leaves you baby, if you don't care for it.
Did I disappoint you
Or leave a bad taste in your mouth?
You act like you never had love
And you want me to go without
Well, it's too late, tonight,
To drag the past out into the light
We're one, but we're not the same
We get to carry each other, carry each other
One
Have you come here for forgiveness?
Have you come to raise the dead?
Have you come here to play Jesus
To the lepers in your head?
Did I ask too much, more than a lot?
You gave me nothing, now it's all I got
We're one, but we're not the same.
Well, we hurt each other, then we do it again.
You say:
Love is a temple, love a higher law
Love is a temple, love the higher law
You ask me to enter, but then you make me crawl
And I can't be holding on to what you got
When all you got is hurt.
One love, one blood
One life you got to do what you should.
One life with each other: sisters, brothers.
One life, but we're not the same.
We get to carry each other, carry each other.
One love!
One!