sexta-feira, 28 de junho de 2013

Em Tempo

O tempo é capaz de tudo.
Implacável, não se importa com ninguém.
Enche de sulcos a pele castigada.
Enruga a face, apaga as lembranças.
O tempo para muitos é cruel, desumano.
Destrói, corrói, descolore, descompassa.
O tempo, fora do tempo é tormento.
É desespero que não cessa.
É marcha triste e funesta.
É desatino sem hora pra acabar.

Mas em tempo, o tempo é alento.
Colore, envolve e salva.
O tempo bem vivido só pode ser bênção.
O tempo ao seu lado é história.
São rios e praias desertas.
São praias repletas de areia.
Areia que é sangue na veia.
Que ao tempo premia com sonhos.
Ruas, avenidas, compras, café.
Sozinho ou em grupo, com ou sem fé.
O tempo que une, jamais destempera.
Em tempo correto, o amor só prospera.
Em tempo, na hora certa.
Não há armadilha nem batalha austera.
Somente alegria e algumas fagulhas.
Que em tempo se apagam e a paz reverbera.
Oh, tempo! Que passa depressa e me enche de luz.
Que mesmo corrido, ilumina e seduz.
Que sara as feridas, que encerra as brigas.
Que propaga a saudade e alegra a cidade.
Tempo que voa quando estou contigo.
Tempo teimoso, que rasteja quando espero por ti.
Tempo que para em momentos tão lindos.
Que deixa a marca na alma e altera os sentidos.
Tempo bom, que me levou até seus olhos.
Tempo de amor, que me colocou em sua rota.
Tempo abençoado, que me conserva ao seu lado.
Tempo apaixonado, que me deixa encantado.
Tempo que voa e me deixa numa boa.
Tempo perfeito, que fez de mim seu eleito.

Quatro anos. O tempo pode ser medido em felicidade.

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