segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

ENFIM 10 DE DEZEMBRO DE 2009.
Um lindo dia em 2009 me fez voltar a crer em uma série de coisas que já estavam abandonadas em minhas prioridades.
Antes que alguém pergunte se foi o dia 10/12/2009 já adianto: não foi.
O dia exato nem sei precisar, mas sei dizer qual foi a data responsável por alterar o curso da história. Ao menos o curso da minha história: 28/06/2009.
Um dia comum, à princípio. Uma festa de criança, o aniversário de um de meus irmãos, uma festa junina no SESC... Uma festa junina no SESC??? Sim, uma festa junina no SESC.
Vários lances aconteceram nesse dia, mas um encontro nada casual alteraria minhas percepções da vida e me faria rever uma série de conceitos que eu já classificava como inquestionáveis.
Você chegou e sorriu prá mim.
Mesmo cansado pela espera foi impossível não notar seu imenso sorriso; branco, lindo, cativante. Fluência de palavras.
Sucessão de frases que mais pareciam armadilhas fatais. Lá fui eu, como um urso prestes a ser capturado.
A ferocidade do animal agressivo e selvagem tornou-se doçura e virei um bicho doméstico.
Dias e noites se alternaram até que a primeira frase devastadora fosse dita.
Uma leve embriaguez, um ar "non sense", mas a audição e as idéias conseguiam identificar exatamente a importância daquele momento.
Entre risos debochados a certeza de que algo muito bom começara a acontecer.
Dias e noites de angústia se seguiram, afinal será que aquela frase sintetizava meus anseios? Será que refletia meus desejos.
Alternância de datas em silêncio, onde a paciência era a mais doce das torturas chinesas.
Sóis e chuvas passaram. Doces sonhos e pesadelos me seguiram. Luas e nuvens sinistras me fizeram pensar. O tempo se esgotava e eu precisava dar a mim mesmo uma resposta.
A voz engasgada quase entregou minhas certezas, mas ainda não era hora...
O dia chegou e nem mesmo eu sabia. Poderia ter sido um presente de aniversário? Talvez, mas não sei se seria tão especial.
Em 14/12/2009 lá estava eu. Estático. Lacônico. Vulnerável.
Medos e desejos estavam de mãos dadas numa atmosfera mágica.
As árvores, as luzes, o véu de água, a música. Ah, a música... Tudo conspirava para um fim apoteótico e foi o que realmente ocorreu.
Ainda proferia meu discurso quando fui brilhantemente interrompido por Händel, com uma de suas obras mais conhecidas. Era o fim do drama. Anos e anos foram sepultados e finalmente senti de novo o gosto da felicidade...
E você me pergunta? Que raios tem o dia 10/12/2009 a ver com isso?
E eu respondo: TUDO.
Num dia 10/12 de um ano não muito distante começou uma doce aventura, que, quis Deus, se cruzasse com a minha doce aventura.
E cá estamos, firmes.
Dia 10. Dia 28. Dia 30. Dia 14. Muitas datas. A perfeita cronologia de uma história que tem tudo prá ir muito, muito longe...

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