Nenhuma alegria durará para sempre, assim como nenhuma tristeza será eterna...
Às vezes nos encontramos em situações difíceis, aparentemente indissolúveis, incorrigíveis. Uma tristeza sem tamanho e uma sensação de fracasso invadem nossa alma. Fazemos tudo que está ao nosso alcance prá resolver algumas situações, mas elas simplesmente não se deixam resolver. O que fazer nessas horas? Fugir? Lutar? Aceitar a derrota desportivamente? Chorar? Que tal todas as anteriores?
Fugir um pouco do agito e das confusões desnecessárias para refletir, traçar um plano de ação e poder então lutar.
Lutar com decência, com ética, com armas limpas, com entusiasmo, paixão, com fé e com a certeza de estar fazendo o melhor, de estar fazendo tudo que estiver ao alcance.
Muitas vezes vencemos. Outras vezes apenas postergamos uma derrota iminente. Derrota esta que uma hora pode chegar; implacável, avassaladora, cruel. Caídos, tristes, envergonhados parecemos ter falhado no caminho. Chorar?
Sim, chorar! Lavar os olhos, a alma e tudo o mais que for preciso. Botar prá fora a dor, o sofrimento, a frustração, a angústia, a materialização de nossos maiores medos, medos estes que cresceram em nossas fraquezas e nos engoliram. Não é vergonha chorar, não é sinal de fraqueza, mas sinal de força interior, de uma resignação nada passiva, de uma resignação de alguém que lutou sempre pelo bem para sí e para o próximo. Chorar, para mostrar que aceita a derrota, mas para mostrar também que não faltou luta. Chorar de cansaço, de exaustão, de sensação de dever cumprido.
Recolher-se a um longo período de reflexão para perceber que na vida, travamos todos os dias uma batalha contra nós mesmos. Eu e somente eu sou meu maior inimigo. Chego ao fim da guerra prisioneiro e ao ver meu algoz retirar seu capacete, percebo que o soldado inimigo sou eu mesmo. Uma dura luta para perceber que na vida, eu devo ditar o que é bom ou ruim para mim.
Os amores passarão. Amigos passarão, trabalho passará, egos e vaidades passarão, a beleza da juventude se extinguirá. Pais e irmãos, para nossa tristeza passarão e, infelizmente para menos afortunados até os filhos passarão. Dias, horas, meses, anos passarão e no fim, estarei sozinho na hora de minha morte. Não levarei comigo as pessoas que amo. Não estarei com minha esposa ou com meu marido para sempre. Casamentos também acabam. É uma queda imensa, mas diz um velho ditado: "- Vencedores não são os que não caem, mas os que uma vez caídos, conseguem se reerguer."
Mesmo nessa aparente e sinistra solidão, haverá mãos vindo em nossa direção, sejam as conhecidas e esperadas, sejam aquelas que menos esperamos. Basta levantar os olhos e veremos que à nossa volta há um mundo imenso, cheio de paixão e que se uma não durou eternamente, haverá outras. Um casamento se desfaz, mas haverá os filhos e se não houver, haverá pais, mães, irmãos e se não houver, duvido que não haja ao menos um bom amigo. Ah, disso duvido.
A dor da perda, da separação varia de pessoa para pessoa, mas dura em cada caso o tempo necessário para o renascimento.
Recolha-se, chore, aceite as derrotas que não houver como reverter, mas seja grande, seja vencedor e renasça. Os amigos sempre estarão aqui. Conte com eles. Caso precise de silêncio, assim o faça, mas se precisar de ajuda, peça!!!!! Não tenha vergonha, pois na vida, até o fim solitário que nos espera, há uma infinidade de momentos da mais gratificante companhia. Por isso, enquanto o fim não chega, tente sorrir e sair em busca do que realmente vale à pena nessa vida, sua felicidade.
Acredito que se algo não deu certo, é porque realmente não deveria ter dado, então junto os cacos, choro, caio, levanto e sigo. Faça o mesmo. E se este ainda não foi o fim da guerra, então páre de chorar e volte ao campo de batalha, pois há muitos atos pela frente.
Força e conte comigo.
DEDICADO A UMA GRANDE AMIGA QUE ESTÁ TRISTE, MUITO TRISTE... VAI RECEBER ESTE TEXTO EM SEU E-MAIL, ESPERO QUE AJUDE DE ALGUMA FORMA.
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