quarta-feira, 8 de outubro de 2008

DIAS...

Um sorriso suave pela manhã... A brisa leve do dia se iniciando, ansioso por novidades, por conquistas. Atrapalhado pelo sono, cambaleante pelo início do caminho que será longo.

Um banho e a lembrança dos rostos conhecidos, perfilados pelo caminho do dia, da semana, do ano, da vida. Nuvens se dissipam e um aroma de fé se espalha pelo ar. Na correria das manhãs malucas a sensação de estar sempre atrasado, mesmo sem estar, correndo só por correr, para o desconhecido. Abraços, risos, estresse, tropeções, belas cenas. Um trajeto calmo. Um trajeto perturbante. Um caminho livre, um caminho cheio de obstáculos. Uma meta, um sonho, um sobressalto.

Mesas cheias de papéis, lixos vazios, lixos cheios, notas, tarefas, e-mails. No meio dessa confusão a lembrança de um rosto conhecido. Os olhos fechados e é como se um sussurro fosse ouvido, tão próximo que um leve arrepio se faz sentir por todo o corpo. O café quente, a água fria, os contrastes comuns a um dia se fazem perceber. Altos e baixos. Fé e decepção. Ânimo e desolação.

O sol proporciona um anoitecer brilhante. Luzes cintilantes, cidade proibida, cidade de luzes ofuscantes. No caos neurótico de uma cidade à beira de um ataque de nervos alguém caminha suave, firme, determinado, mas calmo e feliz. As luzes que outrora oprimiam agora enfeitam e toda a luz que cegava agora ilumina o caminho. Cenas quotidianas, frases quotidianas, fatos quotidianos.

A porta se abre e mais um banho para deixar tudo o que se passou de ruim para trás. Agora só a calma do lar e novamente comer, um bom programa de tv, os rostos e sons que soam tão agradáveis e o sono, que chega lentamente, letal, mortificante, irresistível... Lindos sonhos e no dia seguinte tudo se repete, religiosamente, pragmaticamente, numa doce rotina...

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