quinta-feira, 2 de outubro de 2008

SELEÇÃO MASCULINA DE VÔLEI...

Então...

Os jogos de Pequim passaram há algum tempo e só agora consigo falar sobre a derrota da seleção masculina para os EUA na final...
Doeu. Doeu demais. Fiquei arrasado e só agora consigo postar algo sem deixar a emoção tomar conta das minhas palavras. Foi preciso refletir muito prá tentar fazer uma crítica ao menos razoável sobre aquele fatídico jogo.

OS MESES QUE ANTECEDERAM OS JOGOS

Algumas derrotas do Brasil (INCLUSIVE COM RICARDINHO NO LEVANTAMENTO) já prenunciavam que as Olimpíadas seriam terrivelmente difíceis para os nossos meninos. Derrotas na Liga Mundial eram compensadas com vitórias nas finais. Bulgária, França e várias vezes os EUA beliscaram vitórias sobre nosso time.

O CORTE DE RICARDINHO

Com esta situação desagradável a pressão sobre o Marcelo se tornou absurda, mas ele fez seu melhor durante o Pan e vencemos na final nosso Algoz com show de bola. Nosso algoz porém, não contava com a presença do fantástico Ball, que vi jogar várias vezes no Brasil e que é, para mim, o maior levantador dos últimos 10 anos.

2008 - LIGA MUNDIAL COM FINAIS NO RIO DE JANEIRO.

Muita pressão, muita badalação, mas em momento algum os meninos perderam o foco. Nesse caminho, derrota para a Sérvia, prá quem não perdíamos havia anos. Nas finais um começo arrasador, até o dia da semifinal contra os EUA (e eu estava no ginásio neste dia). O Brasil jogou mal e os EUA muito bem. Venceram e foram campeões. Nós ainda ficamos fora do pódio, após perder para os Russos para quem também não perdíamos havia muito tempo na disputa pelo terceiro lugar.

PEQUIM 2008

Vitórias, vitórias e final.
A seleção feminina era ouro e sobre os meninos a pressão habitual.

O JOGO

O início arrasador do Brasil me fez crer num 3 x 0 para nós. Todos foram irretocáveis. À partir do segundo set, porém, os EUA e principalmente Stanley (que iniciara o jogo atacando duas bolas seguidas na antena) começaram seu show. Com saques devastadores e uma recepção consistente ao extremo foi impossível pará-los. Jogaram demais. O Ball é um levantador imenso, que joga o tempo todo com o passe nas alturas e prende o central adversário o tempo todo na rede, aguardando pela primeira bola. Jogaram como Brasil e Ball jogou com velocidade alucinante dificultando nossa vida. Ao final do quarto set eu sentia um calor insuportável subindo pelo pescoço e um rubor de nervosismo estava estampando meu rosto. Fim de jogo e prata para nós. O choro do Marcelo me destruiu e depois de muitos anos senti um nó na garganta por uma derrota de nossa seleção. Fizeram o melhor e perderam para um antigo carrasco, que passou quatro anos nos estudando.

TERÍAMOS VENCIDO COM RICARDINHO?

Não.
Não passamos, fomos demolidos pelos saques adversários e nem mesmo o gênio do William teria nos garantido o ouro. Não seria o instável Ricardo que o faria. Era mesmo hora de perder. Agora, novas derrotas ocorrerão até que acertemos a nova equipe. Inclusive já perdemos a final da Copa América para Cuba.

É HORA DE MUDAR E VOLTAR A VENCER. O MUNDIAL DAQUI DOIS ANOS É UM GRANDE TESTE PARA SABERMOS O QUE SERÁ NO FUTURO O VÔLEI BRASILEIRO.

CONTINUA...

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